sexta-feira, 5 de março de 2010

Caligrafia

Como é mesmo doutor?




Quem nunca sofreu com uma receita médica ilegível levante a mão!

Tão comum quanto pegar um resfriado é se deparar com verdadeiros hierógrafos na hora de ir a farmácia comprar o remédio prescrito pelo médico. Quantas vezes não ficamos debatendo com os colegas mais experientes e com nossos chefes e farmacêuticos na difícil tarefa de desvendar se aquela letra é um R ou um P, um T ou um L, e no final, temos que recorrer a perguntar ao médico, que geralmente responde com arrogância e com ar de superioridade.

Recentemente a Vigilância Sanitária de Londrina (PR) multou três médicos por prescrever medicamentos e tratamentos em receitas com letras ilegíveis. Cada médico foi autuado em R$ 2.000.

Um dos farmacêuticos da cidade chegou a dizer que poderiam estar vendendo medicamento com dosagem diferente por não entender o que estava escrito. Num medicamento de tarja preta isso pode ser fatal, por isso, muito cuidado!

As multas aplicadas aos médicos foram baseadas em artigo de portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que diz que “notificação de receita deverá estar preenchida de forma legível”. Infelizmente, boa parte dos profissionais de saúde ignoram isso e quem saí perdendo é a população.

Um dos médicos autuados, que só atende pacientes na rede pública, afirmou, em justificativa informal à Vigilância Sanitária, que “a letra dele pode ser ilegível porque paciente do SUS não sabe ler”.

Agora reflitam comigo: que nome a gente dá para aquele que não sabe escrever algo legível a outro ser humano?

( . . . )

Acho que eu nem preciso responder…

Nenhum comentário:

Postar um comentário